De Brasília
Com a experiência de quem viveu de perto o universo esportivo profissional, posso dizer que o desempenho e alguns resultados que estão sendo obtidos por atletas em eventos oficiais chamam atenção. E infelizmente de forma negativa, pois nunca as comissões antidoping tiveram tanto destaque nas manchetes esportivas como agora.
Muitas vezes os atletas e treinadores flagrados nessa prática traiçoeira alegam que usaram medicamentos comuns, que podem ser comprados em qualquer farmácia, e que não tinham conhecimento de sua composição química dopante. Pois bem, vamos acabar com as chances de esse engano acontecer.
Está tramitando na Câmara dos Deputados um projeto de minha autoria que obriga os laboratórios farmacêuticos que funcionam no Brasil a trabalhar em sintonia com as entidades máximas do esporte. Pela lei, os laboratórios terão de informar na caixa do remédio e na bula que sua fórmula contém substâncias dopantes na visão esportiva.
O projeto já passou e foi aprovado pela Comissão de Turismo e Desporto, pela Comissão de Defesa do Consumidor e agora pela Comissão de Seguridade Social e Família. Como em todas estas comissões a proposta foi aprovada e sua importância ressaltada, acredito que em breve o Brasil estará com uma lei que o colocará na vanguarda na luta contra o doping.
Em tempo: nas discussões internas, o projeto ganhou mais um artigo, dando aos laboratórios de medicamentos veterinários a mesma obrigação. Uma ótima colocação dos colegas deputados.
Veja o que o relator do projeto antidoping na Comissão de Seguridade Social e Família, Manoel Júnior (PMDB-PB), diz sobre a proposta.
“Percebemos que a evolução farmacológica e da engenharia genética trazem sempre novos desafios para o controle do doping entre os esportistas. Todas estas substâncias e métodos, além de deturpar o ideal esportivo da competição leal, trazem efeitos nocivos significativos aos atletas. Este projeto retoma uma proposta feita pela CPI dos Medicamentos de 2000. Sua relevância é muito grande, pois a cada momento podemos ver novas substâncias enquadradas na categoria de dopantes. Deste modo, felicitamos o ilustre deputado e sua proposta”, disse Manoel.
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